quarta-feira, 9 de novembro de 2016

DONALD J. TRUMP, UM GRANDE LÍDER
By Pr. Evandro L. Cunha (Ph.D) – especialista em Ética e Política pela Universidade Federal de Alagoas.
 
Talvez ele não consiga ser um grande político ou estadista. Mas sem sombras de dúvidas é um grande líder. O conceito de liderança é algo aético. Enquanto o da política, desde a antiga Grécia, nasce amalgamado à ética. Entretanto, gostaria de deixar em suspenso os aspectos éticos e políticos, e concentrar-me na figura do líder como mentor de um processo polêmico e complexo. Por este ângulo, Trump deu sinais de uma força intrínseca fantástica e fascinante. Manteve o seu discurso politicamente incorreto até o fim da campanha. Enfrentou as previsões “científicas” e políticas de sua derrota com resiliência. Soube administrar com sabedoria e sobriedade as acusações contundentes contra ele. Como empreendedor transformou a fortuna da família num império financeiro [embora as evidências históricas demonstrem que dificilmente alguém realize uma proeza como esta sem ferir princípios éticos]. Mas em todo, muitos milionários fracassam por não saber administrar suas fortunas. Vendeu a imagem de um patriarca que defende com unhas e dentes os valores da família, com tanta eloquência que suplantou sua fama de playboy. Ousou olhar nos olhos dos adversários sem demonstrar fraqueza, mesmo quando o quadro não lhe era favorável. Podemos questionar seu modus operandi, mas fomos forçados a admitir que estamos diante de um grande líder capaz de realizar algo tão grandioso ou assustador quanto Mussolini ou Hitler – ambos eleitos por processos democráticos.
Como adventistas devemos evitar discursos escatológicos populistas. Lembremos que apesar de tudo, os republicanos (conservadores, tradicionalistas, etc.) defendem valores muito mais próximos aos adventistas que os democratas (liberais). Talvez isso explique, de forma simplória, o apoio do adventista Ben Carson a Trump. 
É imaturo criticar os processos democráticos quando estes não realizam os nossos sonhos políticos. Os Estados Unidos da América ainda são um exemplo de democracia para o mundo. Eles escolheram o que acharam melhor, assim como nós elegemos Collor, Fernando Henrique, Lula e Dilma -  só agora somos capazes de deduzir onde acertamos e onde erramos. Por isso, é prematuro “profecias políticas escatológicas”. É tempo simplesmente de dizer: “parabéns Presidente! O senhor demonstrou ser um líder fantástico”. 
O show está apenas começando.

Um comentário:

Unknown disse...

Excelente análise Pastor Evandro. Acredito que o maior inimigo de Trump neste pleito foi a imprensa. Em vez de notícia e análise o que se viu foi torcida descarada pela candidata democrata.

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