segunda-feira, 24 de março de 2008

Sermão: DEUS- Um Pai que Ama

Evandro L. Cunha
Doutorando em Teologia

INTRODUÇÃO:
1. Essa parábola é conhecida erroneamente pelo título: “A parábola do filho pródigo”.
2. Todavia, quem é o personagem central desta história? O pai.
3. A quem o Pai representa? Deus.
4. A parábola é uma tentativa de descrever Deus.
5. Seu amor, seu interesse por Seus filhos.
6. Leiamos o texto: LUCAS 15:11-19

I – UM PAI COM DOIS FILHOS:
Deus aqui é descrito como um Pai que tem que criar dois filhos sozinhos.
Por que não é mencionada a figura da mãe?
Há duas possibilidades?
A primeira: a mãe teria abandonado o lar – divórcio ou traição. Neste caso o pai e a família estavam passando uma crise aguda. Talvez isso tenha alimentado a revolta do adolescente e seu desejo de sair de casa também.
A segunda teoria: a mãe teria morrido. Por esse prisma, o pai estava sofrendo por dentro, vivendo das lembranças dos bons momentos que passaram juntos. Uma boa esposa pode marcar para sempre a vida de um homem.
Em todo caso, o quadro descreve uma família em crise.
Deus é descrito como estando sofrendo por seus filhos.

II – O FILHO DESEJA A MORTE DO PAI:
O pedido do filho em querer a herança, revela o desejo consciente ou não do filho de querer a morte do pai.
Se a mãe estava morta, talvez desejasse também a morte do pai como um sinal de revolta típica de adolescente.
O tema do desejo dos filhos em “matar” o pai, aparece na mitologia grega no personagem Édipo.
Século mais tarde, o judeu-austríaco Freud, elaborou sua teoria do complexo de Édito.
A idéia sugerida pelo texto é que todo ser humano deseja de liberdade de toda autoridade simbolizada na imagem do pai.
É tipo de nossa época ninguém querer se sujeitar a ninguém.
Vivemos num anárquico. Os alunos não mais respeitam os professores, nem os pais, nem os líderes religiosos, nem qualquer manifestação de autoridade paterna.
Queremos a parte de nossa fazenda.
Queremos a “liberdade”.
Mas não existe liberdade longe de Deus.
Um outro ponto que devemos salientar é sobre educação dos filhos.
Você pode fazer muitas as coisas todas certinhas, mas não é garantia que vai sair como você deseja.
O pai deu o melhor pro seu filho, mesmo assim o filho se revoltou.
Mas o que dizer de Prov. 22:6 que diz que ensina a criança no caminho que deve andar e quando crescer jamais se desviará dele.
Como entender isso?
Uma das lições que temos que aprender que não devemos fundamentar nossas crenças em textos isolados da Bíblia.
Há muitos pais frustrados, outros traumatizados quanto esse assunto.
No céu, Deus ofereceu a melhor educação para os anjos. Mesmo assim um se rebelou.
O pai fez o melhor, mesmo assim o filho se rebelou.
Como pais temos uma única alternativa: colocar nossos filhos nas mãos do Senhor. Não criar expectativas falsas.
Essa é a trágica história do filho que quis ser senhor de sua vida!
O que acontece quando tentamos ser senhores de nossa vida?
Como a nos autodestruir.

III – O PECADO DESTRÓI RAPIDAMENTE NOSSA VIDA:
“Passados não muitos dias...”
Podemos levar toda nossa vida construindo nossa reputação, mas de repente tudo pode ir de água abaixo.
O pecado nos isola das pessoas que nos ama. Começamos a irmos a uma “terra distante”.
Dissipamos nos “bens” = saúde, paz, respeito próprio, etc.
Falsa liberdade: “viver dissolutamente”
O pecado “consume” a felicidade”, nosso relacionamento com Deus, nosso maior bem.
A terra do pecado é um território da escassez. Da fome, da miséria ,etc.
Que quadro contrastante!
No Jardim do Éden, jardim das delícias, Deus havia colocado o homem.
Agora o homem escolhe seu próprio caminho e agora está numa terra estéril e passando fome.
O jovem começou a passar necessidade.
As pessoas começaram a se afastar dele.
Ilustração: concurso: Amigo é aquele que aparece quando todo mundo desaparece.
Todos desapareceram!
Ali desejou comer com o porco. Viver como porco.
Até onde podemos ir quando damos às costas a Deus?
Que contraste com a promessa de Jesus: “eu vim para que tenham vida; e vida em abundância” (João 10:10).
A vida com Jesus é cheia de abundância. Nele encontramos a plenitude de tudo que necessitamos.
Ele é o pão da vida (João 6).
Ele disse: “quem de mim se alimenta, viverá eternamente”.

III – O PECADO ANULAR A NOSSA CAPACIDADE DE PENSAR:
O pecado no antigo Israel era chamado de “loucura”.
Jesus chamou de “louco” um homem que planejou um futuro sem Deus.
O jovem não pensou na dor que estava causando ao pai.

IV – A RESTAURAÇÃO COMEÇA QUANDO DESEJAMOS MUDAR E RECONHECEMOS QUE REALMENTE NÓS SOMOS.
Caindo em si.
Levantar-me-ei.... Decisão de mudar. De agora em diante farei diferente. Basta. Tenho que parar com isso.
Você tem que determinar em seu coração o desejo de mudar.
Temos que admitir que pecamos: PEQUEI.
Reconhecer quem realmente nós somos.
Ilustração: O livro “porque tenho medo de lhe quem eu sou”. Se eu disser, você vai me conhecer, me conhecendo pode ser que você deixe de gostar de mim.
Ilustração: Jacó: fingiu que era Esaú, depois admitiu quem ele era. Recebeu a bênção.
“Já não sou digno de ser chamado teu filho”.
Paulo escreve dizendo que os filhos de Deus devem andar de forma “digna da vocação que foi chamado” (Efésios 4:1).
Que ironia!
O filho que seria ser Senhor, agora aceita ser até mesmo servo!

CONCLUSÃO:
Sim. Somos indignos de receber o perdão. Mas Ele nos perdoa.
Mas temos que resolver mudar.
Temos que admitir que somos
Temos que nos levantar....
Quando Deus criou os animais ele fez a serpente com asas...
Mas quando o Diabo através da serpente induziu Adão e Eva ao pecado, Deus amaldiçoou a serpente dizendo que ela iria se rastejar pelo chão.
Nós fomos criados por Deus para voar. Para ver o mundo lá de cima.
Mas o Diabo tenta nos derrubar, deixar-nos caídos.Mas hoje Jesus te chama pra se levantar e dizer: Não quero mais viver assim. Eu te

Nenhum comentário:

Postagem em destaque

A CAVERNA DE ZEDEQUIAS E AS NOSSAS

Evandro L. Cunha Doutorando em Teologia Caminhando próximo ao Damasco Gate, nos arredores de Jerusalém antiga, deparei-me com uma inusitada ...